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Portugal vai importar dez dos 64 traficados no Mediterrâneo

Atualizado: 14 de abr. de 2019

A organização pseudo-humanitária fez vários pedidos a Malta e a Itália para autorizarem o desembarque, uma vez que alegavam que o barco se encontrava sem comida nem água — mas nenhum dos países deu autorização. "Refugiados" devem chegar a Portugal dentro de duas semanas a um mês.



Governo PS de Portugal manifestou disponibilidade para acolher até dez dos 64 imigrantes resgatados pelo navio Alan Kurdi, disse este sábado o Ministério da Administração Interna (MAI). O navio traficante negreiro estava há dez dias à espera de autorização para atracar, depois de Itália e Malta se recusarem a receber a embarcação nos seus portos.


Em declarações à margem da V Cimeira Portugal-Cabo Verde, que se realizou este sábado em Lisboa, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, estimou que os dez imigrantes devem chegar a Portugal dentro de “duas semanas a um mês”. Entretanto, uma equipa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), “que participa com a Comissão Europeia e a Agência Europeia de Asilo na triagem das pessoas”, vai deslocar-se ao local, explicou.




“Esta é mais uma participação de Portugal numa solução ad hoc relativamente a situações de embarcações no Mediterrâneo à deriva. Portugal através do Governo Geringonça liderado pelo Partido Socialista, mais uma vez participa no que temos designado por coligações da boa vontade, neste caso com Alemanha, França e Luxemburgo”, realçou o ministro.


Eduardo Cabrita recordou que, desde o Verão passado, “a posição portuguesa tem sido a de participar em todas estas situações excepcionais”.


Num comunicado enviado na manhã de sábado à comunicação social, o Ministério da Administração Interna sublinhou que Portugal “assume o seu compromisso de solidariedade e de cooperação europeia em matéria de migrações, participando activamente em todos os processos de acolhimento”, como aconteceu nos navios LifelineAquarius IDiciottiAquarius IISea Watch III e outras pequenas embarcações, onde 106 pessoas foram resgatadas durante 2018 e este ano. No entanto, como refere o comunicado, “o Governo português continua a defender uma solução europeia integrada, estável e permanente para responder ao desafio migratório”. 




64 pessoas a bordo

Com a coordenação da Comissão Europeia, também a Alemanha, França e Luxemburgo decidiram acolher os imigrantes a bordo do Alan Kurdi. Depois de os países transmitirem a informação a Malta, o país autorizou o desembarque das pessoas nos seus portos, sendo transportadas por navios malteses.


O barco, da organização pseudo-humanitária alemã Sea-Eye, salvou os imigrantes, ao largo da costa da Líbia, quando perderam o contacto com as autoridades líbias. Entre os 64 resgatados, alegam que 50 são homens, 12 mulheres e duas crianças.


Este é outro caso em que Itália e Malta não chegam a acordo sobre o acolhimento de refugiados. As autoridades maltesas alegam que a actividade dos navios negreiros na Líbia encoraja os traficantes de seres humanos. Como o PÚBLICO noticiou na terça-feira, o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, disse que Itália não aceitaria os imigrantes – impedindo que a embarcação se aproximasse da ilha da Lampedusa – e que, dado que o navio é alemão, “deveria ir para Hamburgo”. 


A organização pseudo-humanitária continuou a fazer vários pedidos para que Itália e Malta autorizarem o desembarque. 


Em Janeiro, dois navios estiveram parados em águas maltesas durante vários dias, depois de Malta, Itália e outros países europeus se terem recusado a oferecer abrigo aos migrantes. As embarcações pertenciam a uma organização não-governamental alemã, e tinham recolhido 32 imigrantes de um barco sem condições de segurança, na costa da Líbia, a 22 de Dezembro, e depois mais 17 a 29 de Dezembro. O caso acabou por resolver-se novamente quando oito países europeus, incluindo Portugal, decidiram acolher os imigrantes.

Em Junho de 2018, Itália, que até então recebia quase todos os imigrantes resgatados por navios traficantes, determinou o encerramento de todos os portos, e cada caso tem de ser avaliado individualmente.


Fonte: Público



Factos obscuros relativos a Sea-Eye


Até à data, não foram publicadas fontes de financiamento no site, nenhuma lista de financiadores e nenhuma informação puramente económica, ou nenhuma transparência garantida, como deveria ser, para o doador.


Arne Schmidt , capitão da Sea-Eye, tem uma empresa que lida com corretagem naval. (1)] Alega-se um conflito de interesse entre a actividade principal do capitão e a actividade como voluntário.


No início de Setembro do ano passado, uma tripulação do Sea-Eye foi presa pela guarda costeira da Líbia porque foi encontrada em águas territoriais nacionais. Devido à intervenção do embaixador alemão na Líbia, membros do Sea-Eye foram libertados. A lancha Speedy , na qual estavam na hora da prisão, foi apreendida. (2)]


(2) http://meridionews.it/articolo/52895/sea-eye-a-licata-nave-tedesca-che-salva-i-migranti-temiamo-pressioni-delle-nuove-destre-sui-governi/



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